ABSTRACT
As fraturas intertrocantéricas do fêmur ocorrem normalmente na população idosa e o número de novas fraturas cresce devido ao aumento na expectativa de vida. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sobre aspectos epidemiológicos de prevenção e reabilitação das fraturas intertrocantéricas do fêmur no idoso. Foi realizada uma revisão da literatura de artigos em português, inglês e espanhol, dos últimos 10 anos, sobre a incidência, fatores de risco, prevenção, tratamento, taxa de mortalidade e morbidade das fraturas intertrocantéricas do fêmur. As fraturas do quadril são consideradas atualmente como um problema de saúde pública e a segunda principal causa de hospitalização do idoso, o que provoca aumento nos gastos com os serviços de saúde. Apesar da constante evolução do tratamento cirúrgico, as taxas de morbidade e mortalidade continuam elevadas. No primeiro ano pós-fratura a expectativa de vida reduz de 15 por cento a 20 por cento e a taxa de mortalidade pode chegar a 50 por cento. Vários fatores podem predispor o idoso a apresentar a fratura intertrocantérica, como a osteoporose, diminuição da acuidade visual, menopausa, dentre outros. A visão multidisciplinar envolvendo a atenção de outros especialistas além do ortopedista é de fundamental importância para a boa evolução clínica dos pacientes.
The intertrochanteric fractures of the femur occur normally in aged population and the number of new fractures increases due to rise in life expectancy. The aim of this study was to carry out a revision about epidemiological aspects of prevention and rehabilitation of intertrochanteric fractures in elderly people. A literature review of articles in Portuguese, English and Spanish, during the last 10 years, about the incidence, risk factors, prevention, treatment, mortality and morbidity of intertrochanteric fractures was carried out. The hip fractures are considered nowadays a problem of public health and the second leading cause of hospitalization in elderly population, increasing health services costs. Although the constant evolution of the surgical treatment, rates of mortality and morbidity is still high. In the first year after hip fractures life expectancy decreases from 15 percent to 20 percent and rates of mortality can reach 50 percent. Some factors can predispose the elderly population to develop intertrochanteric fractures: osteoporosis, reduction of visual acuity, menopause, among others. The multidisciplinary attention involving other specialists besides the orthopedists is very important for patients good clinical evolution.